
A decisão é resultado da ação judicial envolvendo uma mulher brasileira e uma mãe congolesa que estão exigindo ver os filhos
Na terça-feira (26), um juiz federal determinou que a administração Trump tem até 30 dias para reunir todas as crianças e seus pais que foram separados na fronteira dos EUA com o México. Se as crianças tiverem menos de 5 anos, as reuniões entre pais e filhos devem acontecer nos próximos 14 dias, de acordo com a decisão do juiz federal de San Diego (CA), Dana Sabraw.
A decisão do magistrado resultou de uma ação judicial da ACLU, representando uma mulher brasileira e uma mãe congolesa que estão exigindo ver os filhos.
“As requerentes demonstraram probabilidade de sucesso sobre o mérito, dano irreparável, o equilíbrio das partes e o interesse público a favor delas, portanto, garantindo a emissão de uma liminar”, escreveu Sabraw.
Mais de 2 mil crianças foram tiradas de seus pais nas últimas semanas sob ordens da Casa Branca. Entretanto, o Presidente Donald Trump reverteu a ordem no final da semana passada, após protestos nacionais e bipartidários.
“O governo imediatamente rastreia os bens pessoais dos detidos em procedimentos criminais e de imigração”, escreveu Sabraw, pedindo que as reuniões fossem realizadas imediatamente.
“Dinheiro, documentos importantes e automóveis, para citar alguns, são rotineiramente catalogados, armazenados, rastreados e devolvidos após a liberação de um detento, em todos os níveis: Federal e estadual, cidadão e estrangeiro. No entanto, o governo não possui nenhum sistema para acompanhar, fornecer comunicação efetiva e devolver prontamente crianças estrangeiras. A infeliz realidade é que, sob o atual sistema, as crianças imigrantes não são contabilizadas com a mesma eficiência e precisão que a propriedade. Certamente, isso não pode satisfazer os requisitos do devido processo”.
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